sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bispos carmelitas pedem ao Papa que o ano de 2015 seja dedicado à oração

Os bispos carmelitas, reunidos no Definitório Extraordinário, solicitaram à Santa Sé a declaração do ano 2015 como ano de oração. Em uma carta dirigida ao Papa, os bispos carmelitas pedem a Bento XVI essa declaração pela ocasião da celebração do V Centenário do nascimento de Santa Teresa. Este foi o terceiro pedido feito ao Papa em função das celebrações do V Centenário. O primeiro foi de uma visita do Papa a Ávila; o segundo, o nosso Padre Geral proferiu na sala clementina, no Vaticano, por ocasião do encontro dos membros das comunidades que compõem o "Teresianum" em Roma, com o Santo Padre Bento XVI.

Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein)

A santa de hoje também é conhecida pelo nome de Santa Edith Stein. Juntamente com Santa Brígida e Santa Catarina de Sena é uma das "Patronas da Europa". Beatificada a 1 de Maio de 1987, acabou sendo canonizada 11 anos depois, a 11 de Outubro de 1998, pelo Papa João Paulo II.
Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau (Alemanha), a 12 de Outubro de 1891, no dia em que a família festejava o "Dia da Expiação", a grande festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção por esta filha.
O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: "Com plena consciência e por livre eleição", ela afirma mais tarde.
Edith dedica-se então a uma vida de estudos na Universidade de Breslau tendo como meta a Filosofia.
Os anos de estudos passam até que, no ano de 1921, Edith visita um casal convertido ao Evangelho. Na biblioteca deste casal ela encontra a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Edith lê o livro durante toda a noite. "Quando fechei o livro, disse para mim própria: é esta a verdade", declarou ela mais tarde.
Em Janeiro de 1922, Stein é batizada e no dia 02 de Fevereiro desse mesmo ano é crismada pelo Bispo de Espira. Em 1932 é-lhe atribuída uma cátedra numa instituição católica, onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Em 1933 a noite fecha-se sobre a Alemanha. Edith Stein tem que deixar a docência e ela própria declarou nesta altura: "Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo". E no dia 14 de Outubro desse mesmo ano, entra para o Mosteiro das Carmelitas de Colônia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Após cinco anos, faz a sua profissão perpétua.
Da Alemanha, Edith é transferida para a Holanda juntamente com sua irmã Rosa, que também é batizada na Igreja Católica e prestava serviço no convento. Neste período do regime nazista, os Bispos católicos dos Países Baixos fazem um comunicado contra as deportações dos judeus. Em represália a este comunicado, a Gestapo invade o convento na Holanda e prendem Edith e sua irmã. Ambas são levadas para o campo de concentração de Westerbork.
No dia 07 de Agosto, ela parte para Auschwitz, ao lado de sua irmã e um grupo de 985 judeus. Por fim, no dia 09 de Agosto, a Irmã Teresa Benedita da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás e depois tem seu corpo queimado.
Assim, através do martírio, Santa Teresa Benedita da Cruz, recebe a coroa da glória eterna no Céu..



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Santa Maravilhas de Jesus


Fiel filha espiritual de Santa Teresa de Ávila no seu amor à Religião e à Ordem carmelitana, Madre Maravilhas de Jesus, carmelita descalça, lutou tenazmente no século XX para que permanecessem intactas as regras, os usos e costumes legados pela grande Santa de Ávila, Reformadora do Carmelo. Sua festa transcorre no dia 11.
Plinio Maria Solimeo
Santa Maravilhas de Jesus
Maria de las Maravilhas Pidaly Chico de Guzmán nasceu em Madri no dia 4 de novembro de 1891, filha de Luís Pidal e Cristina Chico de Guzmán y Muñoz, Marqueses de Pidal. Seu pai exerceu os cargos de ministro de Fomento, embaixador da Espanha junto à Santa Sé e presidente do Conselho de Estado.
Os Marqueses de Pidal eram muito religiosos e esmoleres, rezavam o terço diariamente em família e cumpriam com a maior exatidão seus deveres de estado. Num ambiente familiar assim, Maravilhas sentiu-se desde cedo predisposta à virtude. Além disso, beneficiava-se da boa influência de sua avó materna, Da. Patricia Muñoz Dominguez, piedosa e austera, com quem compartilhava a habitação.
Madre Maravilhas de Jesus afirmará que sentiu o apelo divino para a vida religiosa com o despertar da razão. Aos cinco anos de idade, fez voto de castidade. Diariamente ia com sua avó à santa Missa e, apesar de seu desejo, não pôde fazer a primeira comunhão senão depois dos 10 anos de idade, como era costume na época. Dirá ela a seu diretor espiritual: “O dia de minha primeira comunhão foi felicíssimo. Só falei com o Senhor de meus anelos de que chegasse o dia de poder ser toda sua na vida religiosa”.1
Ardente desejo de consagração a Jesus
Madre Maravilhas de Jesus pouco antes de entrar no convento
Nesse tempo, foi recebida como filha de Maria. A adolescente escreveu na primeira página de seu manual francês, também nesse idioma: “Maravilhas, filha de Maria! Ó Santa Mãe de Deus, obtende-me um coração ardente para desejar a Jesus; um coração puro para recebê-Lo; um coração constante para não O perder jamais”.
Em 1913 morre seu pai, e no mês seguinte sua avó materna. Como seus irmãos já se haviam casado, tocava a Maravilhas ficar com a mãe, o que tornava mais difícil para ela a entrada no convento.
Anos depois, indo passar uma temporada com seu irmão e cunhada em Torrelavega, foram até Covadonga, onde Maravilhas suplicou muito à Virgem ali venerada que lhe concedesse a graça de entrar o quanto antes num carmelo. Nossa Senhora a ouviu. Pouco depois, tanto seu diretor espiritual quanto sua mãe concederam-lhe a esperada permissão. Entrou no carmelo de El Escorial no dia 12 de outubro de 1919. A obediência a fizera esperar até os 27 anos para consagrar-se toda a Jesus!
O Cerro de los Angeles e o novo carmelo
As carmelitas no dia da inauguração do Monumento no Cerro de los Angeles;
Em junho de 1911 realizou-se em Madri o Congresso Eucarístico Internacional. Como conclusão do mesmo, foi organizado um ato de consagração da Espanha ao Coração de Jesus Sacramentado. Alguns fervorosos católicos tiveram a idéia de erigir um monumento a esse Divino Coração no Cerro de los Angeles, a 14 quilômetros da capital, solenemente inaugurado no dia 30 de maio de 1919, com a presença de toda a família real e ministros, tendo então o jovem rei Alfonso XIII lido o ato de consagração.
No entanto, não havendo boas estradas, o monumento do Cerro foi caindo no esquecimento. Certo dia Nosso Senhor, por meio de inspirações interiores, comunicou à então Irmã Maravilhas seu desejo de que fosse edificado um carmelo naquele local, para velar pelo monumento e se imolar pela Espanha. Também inspirou outra freira do mesmo convento a secundar a Irmã Maravilhas nessa empresa.
Depois de mil e uma dificuldades, as duas religiosas com sua antiga Mestra de Noviças e uma noviça fundaram o carmelo no Cerro de los Angeles. Este depressa prosperou, tendo recebido muitas vocações. A Irmã Maravilhas, apesar de ter feito os votos solenes pouco tempo antes, foi designada Mestra de Noviças, e logo depois priora do novo carmelo.
Enfrentando a revolução comunista de 1936
Durante a guerra Civil, os comunistas atiram contra o Sagrado Coração, no referido monumento
Era necessário um pulso forte para enfrentar a tormenta que se avizinhava, e que resultou numa das mais cruentas perseguições à Religião de que se tem notícia — a revolução comuno-anarquista de 1936 a 1938, que produziu um número imenso de mártires.
Não coube a Madre Maravilhas e às suas filhas espirituais, embora o desejassem ardentemente, darem a vida pela Fé. Foram expulsas do convento e passaram um ano em Madri, mantendo a vida de comunidade num apartamento, sob constante risco. Até que ela e suas 20 freiras, com alguns leigos que a ela tinham se confiado, conseguiram sair da Espanha para nela reentrar na região não dominada pelos comunistas. Assim surgiu o convento de Batuelas, onde se estabeleceu a comunidade até a liberação do país do jugo vermelho. Então, como havia muitas pretendentes para o carmelo, foi possível voltar ao Cerro de los Angeles deixando uma comunidade em Batuelas.
Madre Maravilhas, que em 1933 já havia enviado religiosas para a ereção de um convento carmelita em Kottayan, na Índia, fundaria ainda mais 10 na Espanha. Enviou também freiras suas para reforçar o carmelo de Ávila, onde tinha vivido Santa Teresa, bem como outro no Equador.
Fidelidade heróica ao espírito de Santa Teresa
Pela Constituição Sponsa Christi, Pio XII propunha aos religiosos a formação de federações de mosteiros com noviciados comuns, madres federais e religiosos para as assessorar. Isso trazia como conseqüência reuniões, visitas dos dirigentes da federação etc., o que alterava muito a vida de um convento de contemplativas como são as carmelitas. E não se coadunava com o que Santa Teresa estipulara para seus carmelos, que deveriam ser comunidades autônomas e estáveis, com número limitado de monjas, clausura estrita etc.
Madre Maravilhas, que não desejava nenhuma alteração naquilo que Santa Teresa legara, fez o possível para evitar modificações que alterassem a vontade da grande reformadora do Carmelo. Consultou o Geral da Ordem do Carmo, o Pe. Silvério de Santa Teresa, a quem já conhecia e com quem tratara por ocasião da fundação do carmelo de Cerro de los Angeles. Dirigiu-se mesmo ao Secretário da Congregação dos Religiosos, o espanhol Pe. Arcádio Larraona. Os dois concordaram com o ponto de vista da Madre. Mobilizou ela todos os contatos que mantivera, tanto no campo civil quanto no eclesiástico, em favor de sua aspiração.
Para ela, tratava-se de uma verdadeira batalha, para a qual tinha que usar todos os recursos da piedade, mas também da argúcia, da tenacidade e da sua extraordinária vitalidade.
Tenaz defensora da Ordem carmelitana
“El Priorito”, imagem do Menino Jesus que Madre Maravilhas colocou como Prior do Convento no Cerro de Los Angeles
A todo momento lemos em sua correspondência da época as palavras m
ilagre, salvar a Ordem,
e outras que externam suas profundas preocupações, bem como sua sensação de que se entrava em difíceis tempos.
Assim, quando o embaixador da Espanha junto à Santa Sé, Fernando Castiella, comunicou-lhe boas notícias a respeito do andamento de suas gestões no Vaticano, escreveu à priora do Cerro em 5 de junho de 1954: “Isto foi um milagre verdadeiro. A Santíssima Virgem quis salvar sua Ordem”.2Em outra carta à mesma, três meses mais tarde, afirmava: “A Santíssima Virgem, em seu Ano Mariano [1954], vai nos salvar”. A essa Madre, ela já afirmara pouco antes: “Minha Madre! Quanto temos que pedir à Santa Madre Teresa que livre sua Ordem! A Santíssima Virgem no-lo concederá”.3
A Frei Victor de Jesus Maria, O.C.D., canonista e Definidor Geral da Ordem, escreveu ela em 4 de julho de 1956: “Já sei que V. Revma. não nos esquecerá e pedirá muitíssimo para que não permita o Senhor que a Ordem de sua Mãe seja tocada em nada. Já não nos resta mais que a oração, mas realmente é a arma mais poderosa”.4
Resistindo aos ventos dos novos tempos
A questão arrasta-se, sobretudo com o início do Concílio Vaticano II. Em carta escrita em abril de 1967 ao Preposto Geral da Ordem, Frei Miguel Ângelo de São José, diz ela: “A eleição de V. Revma. nos encheu de alegria, e vimos como Nossa Mãe Santíssima vela por sua Ordem, pondo-a em suas mãos nestes tão difíceis e delicados momentos”.5
No dia de São Miguel, 29 de setembro de 1967, volta a escrever ao mesmo: “Faça tudo quanto seja necessário para salvar a ‘Ordem da Virgem’ nestes tão difíceis tempos. Com a ajuda de Cristo, nosso Bem, e de sua Mãe Santíssima, não podemos duvidar de que assim será”.
O tempo foi passando, e um dos decretos do Vaticano II, o Perfectae Caritatis, voltou com a proposta de Pio XII, recomendando às religiosas contemplativas a formação de federações, uniões ou associações, como um meio de ajuda mútua entre os mosteiros. Madre Maravilhas vê no número 22 do decreto a saída que buscava. Recomenda esse item que “os Institutos e Mosteiros autônomos promovam entre si [...] uniões, se têm iguais constituições e costumes e estão animados do mesmo espírito, principalmente se são demasiado pequenos”.6Discernia ela aí uma saída: fundar uma união de carmelos (dos por ela fundados e mais alguns que pediram sua admissão) sem ter que alterar em nada a vida desses mosteiros. A finalidade de tal associação era a de que esses carmelos pudessem ajudar-se com facilidade, espiritual e economicamente, e até com o pessoal necessário, sem saídas nem entradas, sem visitas nem visitadoras etc.7
Realização do desejo de “não mudar nada
Depois de muitas dificuldades, tensões e argúcias da Madre, finalmente Roma aprovou essa união em 14 de dezembro de 1972, com o nome de Associação de Santa Teresa, sendo Madre Maravilhas eleita sua presidente por unanimidade, em 12 de março de 1973.
Numa carta enviada a Madre Luísa do Espírito Santo, priora de Arenas, em 22 de março desse mesmo ano, mostra Madre Maravilhas seu contentamento ao mesmo tempo em que indiretamente aponta as principais conquistas: “Como vêem, já nos concedeu o Senhor esta graça que lhe vínhamos pedindo, se essa fosse sua vontade, e já temos aprovada a nossa Associação de Santa Teresa na Espanha. Foi como um milagre que o Senhor tenha feito que a aprovassem tal como a havíamos pedido. Para nossos conventinhos tudo isso não supõe nenhuma novidade, pois o vínhamos vivendo, com a ajuda do Senhor, desde há tantos anos; mas é muito que o Senhor, pondo em nossa maneira de viver o selo e a aprovação da Igreja, parece dizer-nos, pelo caminho mais seguro, que está contente com isso e que aprova nossos desejos de não mudar nada, e que sigamos adiante pelos mesmos caminhos que nossa Santa Madre nos traçou. [...] De vários conventos nos pedem para entrar em nossa união, mas por agora nos parece que não convém aumentar o número”.8
Madre Maravilhas de Jesus morreu em 11 de dezembro de 1974, sendo beatificada por João Paulo II em 1998, e por ele canonizada em 3 de maio de 2003.

Algumas fotos do antigo Carmelo













FOTOS DA MÃEZINHA







 





  
    
     
   


A SERVA DE DEUS MADRE MARIA IMACULADA


      Maezinha
Maria Giselda Vilela, Mãezinha, nasceu em um lar autenticamente cristão. Era a terceira dos sete filhos do casal Manoel Villela Pereira (de origem portuguesa) e Maria Campos Villela, residente na cidade de Maria da Fé, Minas Gerais. Eram seus irmãos: Genoveva, Manoelzinho (logo falecido), um segundo Manoelzinho, também falecido com apenas dois anos, Rita, Gabriel (Padre Redentorista) e Murilo.
            Maria Giselda, muito viva e inteligente sempre foi cercada de muita atenção e carinho pelos pais, que, percebendo seu temperamento forte e expansivo, eram exigentes na sua formação e educação.
Impressionado com a piedade da menina e com seu precoce conhecimento do Catecismo, um Missionário que viera pregar naquela cidade, permitiu que ela fizesse a Primeira Comunhão, com apenas quatro anos de idade! Ao lado de Maria Giselda, também recebendo Jesus pela primeira vez, lá se achava Delfim Ribeiro Guedes, seu amiguinho, um pouco mais velho que ela. Unidos na Eucaristia, muito mais unidos ficariam, num futuro remoto, pelos laços de um forte ideal carmelitano.
Sempre voltada para as coisas de Deus, após a Primeira Comunhão, Maria Giselda quis entrar para o Apostolado da Oração.
Não sabendo ler nem escrever, cumpria de memória o que lhe era prescrito e rezava o terço marcando as Ave-Marias com seus dedinhos.
Foi seu companheirinho de infância, além de Delfim, o futuro beneditino, Dom Marcos Barbosa.
Três admiráveis crianças, que, mais tarde, norteariam suas vidas pelo ideal de consagração a Deus.

O SOFRIMENTO
Dedicada aos estudos, Maria Giselda foi desenvolvendo seus grandes talentos. O selo do sofrimento, porém, marcaria sua infância ... Entre 12 e 13 anos, teria início o seu calvário com o aparecimento de um tumor na virilha.
Alertado sobre a gravidade do problema, Sr. Vilela levou-a para outra cidade, também de recursos precários, onde o enorme tumor foi extirpado. Aparentemente melhor, Maria Giselda foi para o Internato, do Colégio Sagrado Coração de Jesus, das Irmãs da Providência de GAP, em Itajubá, mas, em poucos meses, reapareceu-lhe o tumor. Alarmado, o pai levou-a para o Rio, à procura de melhores especialistas. Após uma cirurgia de emergência, feita por Dr. Pedro Ernesto, este, um tanto desolado, disse ao Sr. Vilela que a menina não se salvaria ... Tratava-se de um tumor maligno ... em estado adiantado.
Sr. Vilela sofreu um terrível golpe, mas, diante da sentença do médico, respondeu-lhe: "Se a medicina da terra nada pode fazer, eu confio na medicina do Céu!".
Enquanto a filha era operada, os pais buscam uma igreja para participarem da Santa Missa, e na homilia ouvem falar do poder intercessor de Santo Expedito. D. Maria e Sr. Vilela, sem nada terem combinado, no íntimo de seus corações, pediram a cura da filha querida, fazendo, coincidentemente, a mesma promessa: Mandar esculpir uma imagem do referido Santo, para propagarem a sua devoção em Maria da Fé, onde Santo Expedito era pouco conhecido.
Diante do sofrimento dos pais, o médico propôs-lhes um novo tratamento: a radioterapia, que causou sérias queimaduras em Giselda. Ainda desconhecido o efeito do rádio...
SONHOS DE GISELDA E SUA CONVERSÃO
Enquanto jovenzinha, Maria Giselda idealizava ser muito rica, gozar de uma vida confortável e até luxuosa, junto de seus pais, de quem nunca pensava em separar-se.
No Colégio, foi-se interiorizando mais e mais, numa busca constante de Deus! A leitura de "História de uma Alma", de Santa Teresinha, fez-lhe descobrir o Carmelo, e tendo exposto seu desejo ao seu Confessor, foi encaminhada ao Carmelo de Campinas.
A CAMINHADA PARA O CARMELO
Sr. Vilela e D. Maria, ao tomarem conhecimento da pretensão de Giselda de entrar para o Carmelo, não se opuseram.
Corria o ano de 1930. Em companhia do pai, Maria Giselda ingressa no Carmelo, a 29 de novembro.
Em 12 de abril de 1931, recebe o Hábito de Nossa Senhora do Carmo, sob o nome de Irmã Maria Imaculada da Santíssima Trindade, realizando-se o presságio de sua grande amiga, Laly, que, mais tarde, seria a co-fundadora do Carmelo de Belo Horizonte.
Giselda fez seus primeiros votos em 12 de abril de 1932 e, em 13 de abril de 1935, a sua Profissão Solene, registrando-se sempre a sua grande dedicação à Comunidade!
O CARMELO DA SAGRADA FAMÍLIA
Padre Delfim seu amigo de infância, manifestando a necessidade de cumprir a promessa feita junto ao túmulo de Santa Teresinha, em Lisieux, de trabalhar para a fundação de um Carmelo, pois a Santinha das Rosas obtivera-lhe de Deus a graça da Ordenação Sacerdotal, compareceu ao Carmelo de Campinas, com a autorização de Dom Octávio, Bispo de Pouso Alegre, para pedir à Madre Ângela e à sua Comunidade, a fundação de um Carmelo em Pouso Alegre, o que se efetivou em 26 de outubro de 1943, graças ao empenho do padre Delfim, que seguiria, à distância, suas filhas Carmelitas, pois dias antes dessa fundação, ele fora nomeado Bispo de Leopoldina.
Inicio difícil para Madre Maria Imaculada, sobretudo após o retorno das Irmãs de Campinas, que com ela vieram, deixando-a apenas com um grupo de Noviças. Estas, reconhecendo o mérito de sua Priora, deram-lhe o título de "Mãezinha", pois realmente desempenhava sua missão com grande entusiasmo e dedicação.
E assim, por quarenta e três anos Mãezinha dirigiu o Carmelo da Sagrada Família, mas logo após a Sagração da Capela, a construção do cemitério e o término das pistas do quintal, Mãezinha já dizia poder cantar o Nunc dimittis.
Deus, porém, em seus insondáveis desígnios, (que apesar de “maravilhosos” não deixam de ser, às vezes, “dolorosos”), desejava pedir a ela algo mais: A fundação de um novo Carmelo.
A FUNDAÇÃO DO CARMELO DE CAMPOS
Acatando a vontade de Deus, Mãezinha tomou as providências necessárias à nova fundação. Foi um tempo de intensa oração e muito trabalho.
A 24 de agosto de 1986, nove de suas filhas partiram para Campos, mas a saúde de Mãezinha sofreu um grande abalo: a manifestação de um câncer, que até então procurara ocultar de suas Irmãs.
Havia oferecido a sua vida para o êxito da nova fundação, em benefício da Santa Igreja, bastante dilacerada naquela Diocese.

ENFIM, O CÉU
A saúde de Mãezinha foi decaindo, dia-a-dia.
Sempre assistida por vários médicos, nossos grandes amigos, sobretudo Dr. Vitor Galhardo e Dr. José Wazen, do Rio de Janeiro, a 20 de janeiro de 1988, pelas 11,20h da manhã, ela partiu para O grande encontro com Aquele por quem vivera e a quem servira durante toda a sua vida.
PROCESSO DE CANONIZAÇÃO
Em vista da insistência de várias pessoas que alcançaram graças por intermédio de Mãezinha, a Comunidade alicerçada em sacrifícios e orações, assumiu, convictamente, a Introdução da CAUSA DE CANONIZAÇÃO de sua Fundadora.
            Aos 12 de janeiro de 2006, na presença de toda a Comunidade, Frei Patrício entregou oficialmente o pedido de Introdução dessa nobre Causa, ao Exmo. Arcebispo, Dom Ricardo.
            Prosseguindo, estabeleceu-se contato também com Pe. Geral da Ordem, Frei Luis Aróstegui Gamboa, e com Postulador Geral, Frei Idelfonso Moriones, solicitando-lhes que a Ordem assumisse essa nova Causa de Canonização.
            Com o coração transbordante de alegria, a 26 de julho de 2006, as Irmãs tomaram conhecimento de que a IGREJA, através da Congregação para as Causas dos Santos enviara, de Roma, ao Exmo. Arcebispo, Dom Ricardo, o seguinte documento: NADA IMPEDE A INTRODUÇÃO DO PROCESSO DE CANONIZAÇÃO DA SERVA DE DEUS, MARIA IMACULADA DA SS. TRINDADE.
            No dia nove de agosto de 2006, foi confirmada a data da ABERTURA DO PROCESSO DE CANONIZAÇÃO para o dia 30 de setembro desse mesmo ano.
EXUMAÇÃO
No dia doze de abril de 2007, às 7h, celebrou-se a Santa Missa na Capela deste Carmelo, presidida por Frei Patrício e concelebrada por Pe. José Dimas de Lima.
Os fiéis presentes foram previamente avisados de que só entrariam, na Clausura, as pessoas credenciadas. As normas da Santa Sé assim o determinam, para evitar tumulto e preservar o ambiente de devoção e de seriedade que a Cerimônia requer.
A homilia foi feita por Frei Patrício, que explicou tanto o significado da EXUMAÇÃO como da INUMAÇÃO que ocorreria a quinze de abril.
Terminada a Santa Missa, os Celebrantes encaminharam-se para o Ato da Exumação que seria realizada pelo Tribunal da Causa, encarregado de outorgar validade jurídica ao Ato. Testemunhas desse Ato:
Membros do Tribunal: Mons. Benedito Marcílio de Magalhães, Juiz Delegado; Cônego Vonilton Augusto Ferreira, Promotor de Justiça; Vítor Pereira dos Santos, Notário Atuário; Ir. Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus, ocd, Notária Adjunto; Pe. José Dimas de Lima, Presidente da Comissão Histórica da Causa; Maria Luciete da Silva Ribeiro, membro da Comissão Histórica da Causa.
1.      Peritos Médicos para reconhecimento anatômico e procedimentos de preservação dos ossos: Dr. Carlos de Barros Laraia, chefe da equipe; Dr. Luiz Carlos de Meneses e Dr. Antonio Homero Rocha de Toledo (Odontólogo).
2.      Coadjuvantes da perícia médica: Sr. Sebastião Paulino; Técnico de Anatomia; Tatiane Crepaldi, acadêmica do sexto ano de Medicina; Elisângela Pereira Gonçalvez e Fernanda Marcelino Silva, acadêmicas auxiliares.
Também presentes: Dr. Vítor Galhardo, Dr. José Guernelli Neto e Dr. Sebastião Arouca, que cuidaram da Serva de Deus, sobretudo na sua fase final.
3.      Representante da FAMÍLIA DE MÃEZINHA: - Guy Villela Pascoal, seu sobrinho.
4.      PEDREIROS ENCARREGADOS da abertura do túmulo: Florisvaldo Morelato; João Domingues da Silva e Degberto da Silva Ribeiro.
5.      CARMELITAS de outros Carmelos: na realidade eram poucas, porque segundo as normas da Igreja deve se restringir às pessoas que vão desempenhar alguma função no ato da Exumação.
Aberta a porta da Clausura, os credenciados dirigiram-se à Capela do cemitério, do Carmelo, precedidos pelas Monjas, que revestidas solenemente com suas capas, entoavam o “Salve Regina”.
      Ao chegarem à capelinha as Irmãs entoaram o “Veni Creator”, seguindo-se a leitura da carta de Frei Patrício ao Exmo. Arcebispo Dom Ricardo, solicitando a Exumação da Serva de Deus.
Com o seu assentimento iniciou-se o Processo de Exumação.
REALIZAÇÕES POSTERIORES:
            - No dia 12 de abril de 2008, inaugurou-se o Memorial da Serva de Deus, Maria Imaculada.
            - De 28 de junho a 8 de julho, realizou-se neste Carmelo uma semana de espiritualidade, abordando os seguintes pontos:
No 1º dia, bispo de Luz, D. Antonio Carlos Felix desenvolveu o tema: - “Santa Teresinha e a Vida Missionária; a Serva de Deus como Missionária.”.